terça-feira, 18 de setembro de 2007

Fórum de Discução - Curso de Turismo

Tema do Fórum: Crise na Aviação Civil Brasileira.


Em primeiro lugar queria deixar claro que as opiniões apresentadas aqui são de minha autoria não devendo em hipótese alguma ser tomadas como uma Verdade Absoluta.

1º Tópico - (Minha opinião quanto a crise)

Bom, ao analisarmos o transporte aéreo brasileiro. Podemos perceber que é um sistema que esta literalmente tropeçando em suas próprias pernas. Agora de quem será a culpa? Diante de minha analise geral, estou a ponto de dizer que grande parte do problema é por causa da Infraero. Esta instituição fundada em 1972 foi e é totalmente baseada em um sistema organizacional corrupto e nepotista. Podemos definir no seguinte: Uma instituição desta importância não poderia em hipótese alguma ser gerenciada e organizada dentro de um sistema que não funciona, é como se vocês pegassem uma fossa e começassem a enche-la. Com o tempo e a falta de "limpeza" esta fossa iria transbordar. Isso é o que esta acontecendo com a infraero. Só que no caso os proprietários desta fossa somos nós povo brasileiro que pagamos nossos impostos. Esta situação se da pelo alto crescimento do volume de emissões de passagens aéreas nos últimos anos.

Quanto à questão dos controladores de vôo: Bom esta hipótese é no mínimo empírica. Você não pode colocar a culpa em um funcionário que ganha relativamente pouco, e é obrigado a passar horas e horas fazendo extras. Imagine-se no lugar de um controlador. Você tem em suas mãos a vida de milhares de pessoas, e o responsável pelo seu trabalho é uma instituição mal organizada e totalmente enraizada com a corrupção. Ok, ele não deve questionar esse problema e fazer o trabalho dele certo? Errado, ele faz o trabalho dele. Se ele erra a culpa não é dele e sim de quem o comanda. Em uma equipe de formula 1 se o cara que troca às rodas errar o tempo, a culpa não é dele e sim do chefe de equipe que organizou e treinou mal seus funcionários.

Vocês realmente acham que é tão fácil mudar isso em pouco tempo? Só temos duas opções... Privatização ou uma Auditoria pesada em cima da Infraero. Agora quem faria essa auditoria? Nosso sistema judicial que encobre Marcos Valérios e absolve Rennans Calheiros?
Acho que não. Logo para nós cidadãos só nos restam duas opções: 1 tomar uma atitude, exigir plebiscitos e mudanças efetivas em nosso governo ou... Relaxar e Gozar.

2º Tópico - (Resposta a pergunta de uma das alunas da minha sala)

"A quem cabe institucionalmente na dimensão dos problemas a verdadeira liderança, mediação e coordenação do Sistema de Aviação Civil no Brasil? Ao Ministério da Defesa ou a ANAC?”.

Bom, responderei sua pergunta em duas partes. Quanto à liderança, mediação e coordenação do Sistema de Aviação Civil no Brasil cabe a Infraero!

Definição da ANAC: "As atribuições da agência consistem na regulação e na fiscalização das atividades aeronáuticas civis - à exceção do tráfego aéreo, cuja disciplina fica a cargo da Aeronáutica e do Ministério da Defesa -, da malha aeroviária, da infra-estrutura aeroportuária, e das relações econômicas de consumo sob essa égide travada”.

Certo, isso nos leva acreditar que ela é sim responsável por parte dos problemas que nossa aviação vem passado, agora sinceramente, tenho certeza que nosso problema é menos de infra-estrutura e mais da organização de nossos serviços, sistemas e controles. Sendo assim a grande e principal responsável por esta ação é a Infraero (vide meu tópico para mais informações).

Quanto ao ministério da Defesa: Cabe a esta instituição controlar, supervisionar e organizar o funcionamento de ambas as instituições (Anac e Infraero). Sendo assim o Ministério seria sem duvida uma ferramenta em prol de nossa revolução aeroviária. Porem sabemos que nossos ministérios não funcionam adequadamente as nossas demanda de melhorias. Assim como enquanto não tivermos integração entre poderes judicial, legislativo e executivo. Pois se estes não funcionarem integradamente e com organização. Nunca teremos, repito NUNCA uma melhoria efetiva seja na aviação ou em qualquer outro setor de nosso sistema social.



segunda-feira, 17 de setembro de 2007

AMAZÔNIA PARA SEMPRE!


Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da temperatura do Planeta.

Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias. Apesar do extraordinário esforço de implantarmos unidades de conservação como alternativas de desenvolvimento sustentável, a devastação continua. Mesmo depois do sangue de Chico Mendes ter selado o pacto de harmonia homem/natureza, entre seringueiros e indígenas, mesmo depois da aliança dos povos da floresta "pelo direito de manter nossas florestas em pé, porque delas dependemos para viver", mesmo depois de inúmeras sagas cheias de heroísmo, morte e paixão pela Amazônia, a devastação continua.

Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. Continuamos um povo irresponsável. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.

Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais.

Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:

"A Floresta Amazônica é patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais"

Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA AMAZÔNICA. JÁ!

É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.

SOMOS UM POVO DA FLORESTA!
www.amazoniaparasempre.com.br

domingo, 16 de setembro de 2007

Estudo nº 1 - Villa Lobos (by Raphael Rabello)

Musica! Sou suspeito para dissertar sobre a Musica... Sempre acompanhou minha vida, faz parte do meu dia a dia, muda meu estado de espírito, marcou meus momentos e é meu hobby predileto. O que seria de nós sem a Musica? Esta arte que entra por nossos ouvidos e faz nossos corações pulsarem mais fortes e rápidos como se fosse um compasso a ser seguido. Esta arte que nos faz sentir o mundo ao nosso redor, as culturas, traços mais fortes e mais fracos de cada artista.

Quanto a este vídeo postado, Raphael Rabello, não tenho palavras para descrever a amplitude deste talento, que morreu novo. Mas o pouco tempo que passou em nossa cultura mostrou como o talento e a concentração deste jovem musico era de tão insustentável beleza! Enquanto tocava as cordas de seu violão estava em transe, como um monge que medita. Quanto ao Villa Lobbos, que grande compositor! Ambos são um orgulho para nós brasileiros e devem ser respeitados para toda a eternidade como amantes e criadores desta bela, se não a mais bela das artes. Musica!

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Papa critica 'teologia obcecada com ciência'



'Ânsia em ter rigorosidade científica' pode 'abalar a fé', diz Papa.
"quando a teologia tem obsessão em ser reconhecida como uma atividade científica rigorosa, pode perder o sentido da fé".
"que com a ânsia em ter uma rigorosidade científica reconhecida no sentido moderno, a teologia pode perder o sentido da fé".
"Como uma liturgia que esquece o olhar em direção a Deus, uma teologia que perde o sentido da fé deixa de ser teologia e acaba reduzindo-se a uma série de disciplinas mais ou menos relacionadas entre elas", disse o Papa, que também é teólogo.
Trechos extraídos da reportagem do portal de noticias G1 da globo.com: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL101320-5602,00.html
É impressionante o desespero de um velho abandonado pela sua própria existência em si. Imagine-se com a responsabilidade de provar ao seu rebanho de ovelhas que a cerca que os protegia outrora agora pode não ser mais tão segura. Cada dia mais pessoas percebem que ha tristeza demais em ser sem saber, afinal como assim diria Fernando Pessoa, "Ser sem saber é como ser uma pedra, nada mais.".
Fico impressionado como ainda existem milhões de pessoas no mundo que declaram amar ao Papa e ao Catolicismo, acabo aqui brevemente este tópico pois estou no trabalho e não tenho muito tempo para escrever.
Gostaria de deixar uma pergunta no ar...
Uma mãe se mataria por seu filho, pois seu amor por ele vai alem da fé, da razão é um amor incondicional que se entranha nos laços entre mãe e filho.
Será que essas pessoas que dizem amar ao Papa e a Deus se matariam por eles? Abririam mão de suas vidas, consumistas, seus carros do ano para ir a igreja aos domingos, suas casas para promover seus encontros e jantares repletos de fofocas, falsidades e hipocrisias para entregar suas vidas ao seu Deus e ao Papa?

Bem Vindos!

Começa aqui um bloq, em prol da Razão e da Atitude. Em meio a uma época em que nossa sociedade tem se distanciado cada vez mais da Razão Pura virei diariamente neste blog deixar meus relatos e criticas de um Homem de 21, anos com um olhar critico e racional de nossa existencia.

Começarei com uma poesia do grandioso Fernando Pessoa, em que interpreta Alberto Caeiro:

"Há metafísica bastante em não pensar em nada.
O que penso eu do mundo?
Sei lá o que penso do mundo!
Se eu adoecesse pensaria nisso.
Que ideia tenho eu das cousas?
Que opinião tenho sobre as causas e os efeitos?
Que tenho eu meditado sobre Deus e a alma
E sobre a criação do Mundo?
Não sei. Para mim pensar nisso é fechar os olhos
E não pensar. É correr as cortinas
Da minha janela (mas ela não tem cortinas).
O mistério das cousas? Sei lá o que é mistério!
O único mistério é haver quem pense no mistério.
Quem está ao sol e fecha os olhos,
Começa a não saber o que é o sol
E a pensar muitas cousas cheias de calor.
Mas abre os olhos e vê o sol,
E já não pode pensar em nada,
Porque a luz do sol vale mais que os pensamentos
De todos os filósofos e de todos os poetas.
A luz do sol não sabe o que faz
E por isso não erra e é comum e boa.
Metafísica? Que metafísica têm aquelas árvores?
A de serem verdes e copadas e de terem ramos
E a de dar fruto na sua hora, o que não nos faz pensar,
A nós, que não sabemos dar por elas.
Mas que melhor metafísica que a delas,
Que é a de não saber para que vivem
Nem saber que o não sabem?
«Constituição íntima das cousas»...
«Sentido íntimo do Universo»...
Tudo isto é falso, tudo isto não quer dizer nada.
É incrível que se possa pensar em cousas dessas.
É como pensar em razões e fins
Quando o começo da manhã está raiando, e pelos lados das árvores
Um vago ouro lustroso vai perdendo a escuridão.
Pensar no sentido íntimo das cousas
É acrescentado, como pensar na saúde
Ou levar um copo à água das fontes.
O único sentido íntimo das cousas
É elas não terem sentido íntimo nenhum.
Não acredito em Deus porque nunca o vi.
Se ele quisesse que eu acreditasse nele,
Sem dúvida que viria falar comigo
E entraria pela minha porta dentro
Dizendo-me, Aqui estou!
(Isto é talvez ridículo aos ouvidos
De quem, por não saber o que é olhar para as cousas,
Não compreende quem fala delas
Com o modo de falar que reparar para elas ensina.)
Mas se Deus é as flores e as árvores
E os montes e sol e o luar,
Então acredito nele,
Então acredito nele a toda a hora,
E a minha vida é toda uma oração e uma missa,
E uma comunhão com os olhos e pelos ouvidos.
Mas se Deus é as árvores e as flores
E os montes e o luar e o sol,
Para que lhe chamo eu Deus?
Chamo-lhe flores e árvores e montes e sol e luar;
Porque, se ele se fez, para eu o ver,
Sol e luar e flores e árvores e montes,
Se ele me aparece como sendo árvores e montes
E luar e sol e flores,
É que ele quer que eu o conheça
Como árvores e montes e flores e luar e sol.
E por isso eu obedeço-lhe,
(Que mais sei eu de Deus que Deus de si próprio?),
Obedeço-lhe a viver, espontaneamente,
Como quem abre os olhos e vê,
E chamo-lhe luar e sol e flores e árvores e montes,
E amo-o sem pensar nele,
E penso-o vendo e ouvindo,
E ando com ele a toda a hora."
Fernando Pessoa